terça-feira, fevereiro 27, 2007

A Sina das Borboletas

Dos pequenos pontos volumosos presos as folhas de uma planta
Nascem as lagartas
Aos nossos olhos, simples insetos
Aos da Natureza, lutadoras natas

Começam com apenas o objetivo de se alimentar
Mais do que isso, sobreviver
Os predadores são variados
As presas não tem muito como se proteger
De toda a prole, poucas sobrevivem
Agora grandes e fartas
Isolam-se do mundo à sua volta
E em seus pequenos casulos esperam pacientemente
Pode parecer lento e sem graça, mas ali dentro
A mágica acontece
Passam dias e dias, durante os quais seus pequenos corpos mudam radicalmente
No exterior pode ser inerte, mas no interior a dinâmica é imponente
É chegada a hora de nascer denovo
Com suas novas e fortes estruturas, arrebentam a camada envolvente
São novas criaturas

As mesmas em sua essência, porém com formas completamente diferentes
Agora com asas, voam pelo mundo afora
Em busca de parceiras atraentes
Sobrevoando as flores
Escolhendo as que lhe agradam
A borboleta madura não é mais aquela pequena lagarta

Cheia de vida ela nunca para
Voa de flor em flor beijando suas amadas
Mas tudo que é bom um dia acaba

E aos poucos acaba-se toda a graça...

...Nada muito diferente das nossas vidas. Essa é uma pequena comparação que eu já havia escrito faz um bom tempo mas que não conseguia concluir. Ai está o trabalho enfim terminado, espero que tenham gostado!

Grande abraço,

Renato.